13/12/2010

Túnel do tempo com Cara a Cara

dezembro 13, 2010 0 Comments


É moreno? Tem cabelo branco? Usa chapéu? É careca? Usa óculos? Tem cabelo comprido? Tem boca grande? Tem olhos azuis? Quantas perguntas num único jogo! Que jogo é esse? Cara a Cara foi um dos melhores jogos da minha infância.


Lançado em 1986 pela Estrela, em Cara a Cara, cada jogador tem um conjunto de 24 retratos diferentes. Sorteia-se uma carta para cada um e, por meio de perguntas, deve-se adivinhar a carinha que coube ao adversário através das características dos retratos. Cada jogador faz somente uma pergunta de cada vez e a resposta deve ser sim ou não. Por exemplo, se a pergunta for "tem olhos azuis?" e a resposta for não, deve-se abaixar todos os retratos que tenham olhos azuis, eliminando-os da partida. Se a resposta for sim, faz-se ao contrário, abaixando os retratos que não tenham olhos azuis. Você pode tentar adivinhar a qualquer momento qual a cara do seu adversário, mas se errar, ele tem direito a eliminar 3 retratos, pelo menos era o que eu e minha irmã fazíamos.

Imaginem a frustração de quem tira, por exemplo, o Tony. Se seu adversário pergunta "usa óculos?", simplesmente 19 retratos são abaixados e sobram o Tony, a Carla, o Zeca, o Paulo e o João. Ao contrário, se tira a Sônia e a pessoa pergunta "é branco?", irá eliminar somente 7 retratos. Como podem perceber são inúmeras opções e a cada retratro o jogo fica mais divertido.

Vira uma competição mesmo pra adivinhar antes do seu adversário. Ficar torcendo pra ele não fazer aquela pergunta que irá deixá-lo a um passo da vitória. É um jogo muito estimulante para as crianças, pois desenvolve o raciocínio lógico delas, a memória.

E é possível acertar de primeira. Pergunte "Tem cavanhaque?" e se a pessoa tiver a cara do Edu, bingo! Podem até pensar "ah, mas Ricardo, Daniel e Fernando também tem". De fato, eles tem, mas pra criança aquilo é barba e assim o Edu é o único que só tem cavanhaque. Pelo menos era assim que eu jogava com minha irmã.

Tenho certeza de que quem já jogou se divertiu muito. E quem nunca jogou, sinto muito, perdeu muita diversão!



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03/12/2010

Luluzinha comemora 75 anos

dezembro 03, 2010 2 Comments
Luluzinha, personagem que atravessa gerações e habita o imaginário e corações de avós e netos, completa em 2010 os seus gloriosos 75 anos desde a sua primeira aparição.

Em 1935, a garotinha de bochechas rosadas, vestido vermelho e cabelos cheios de cachinhos foi um dos grandes símbolos da emancipação feminina e das conquistas do gênero no período. Em sua estreia no joranl Saturday Evening Post, Luluzinha aparece fazendo uma trilha de cascas de bananas no caminho de uma noiva para a igreja. E o responsável que deu vida à menina foi a artista norte-americana Marjorie Henderson Buell (1904 - 1993), que assinou suas criações como Marge.

Mas o dono universo em torno da pequenininha e pela criação das histórias mais longas, no entanto, foi o quadrinista John Stanley (1914 - 1993). Mesmo o Bolinha, que já habitava as tiras na época de Marge, foi batizado na versão original dele. Também é o pai de Alvinho, Aninha, Carequinha, Glória, Plínio e Dona Marocas.



O sucesso foi tão grande que deu vida a algumas séries de desenhos animados. A mais conhecida atualmente foi produzida em 1990, com exibição no Brasil pela Rede Globo.

O contato da histórias de Luluzinha com as novas gerações ganhou força, em terras tupiniquins, quando a trupe recebeu traços nipônicos. Os personagens foram revitalizados pela editora Ediouro e, além de se tornarem adolescentes dos anos 2000, passaram a ser desenhados em estilo mangá.



Os saudosistas têm como encontrar a pequena Luluzinha pela Editora Devir que é responsável pela publicação das narrativas antigas da personagem em coletâneas de livros. Monte a sua estante com as histórias da Luluzinha aqui.



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