30/11/2010

Morre o ator Leslie Nilesen do Corra que a polícia vem aí

novembro 30, 2010 3 Comments

Este grande comediante alegrou as minhas tardes em frente a TV na infância, não tem como esquecer das suas grandes atuações nos filmes "Corra que a polícia vem aí", "Corra que a polícia vem aí 2½", "Corra que a polícia vem aí 33⅓" e "Apertem os cintos, o piloto sumiu!". Fora a sua aparição em mais de outros 100 filmes e centenas de programas de televisão ao longo de sua carreira. O seu forte mesmo era comédia.

Segundo o site G1, Leslie Nielsen morreu neste domingo (28) aos 84 anos em um hospital de Fort Lauderdale, no estado americano da Flórida. O ator teve complicações por causa de uma pneumonia.

Seus familiares pedem que ao invés de enviarem flores, remetam doações em seu nome a organizações beneficientes.

Antecipadamente, Doug Nilsen, sobrinho do ator, havia comentado em uma rádio local que o ator tinha permanecido hospitalizado durante 12 dias, sua situação piorou nas últimas 48 horas e que morreu rodeado pela sua família e amigos no local às 17:30 horas.

Foi casado quatro vezes e teve duas filhas com a segunda mulher, Maura e Thea Nielsen.



.


27/11/2010

Os deuses devem estar loucos 1 e 2

novembro 27, 2010 6 Comments
Os deuses devem estar loucos é mais um dos clássicos da Sessão da Tarde, que conta a história de membros de uma simplória tribo africana que fizeram o papel de si mesmos no filme. O ator principal é N!xau, interpretando o esperto Xi ou Xixo que vê sua tribo ir à loucura por causa de um presente enviado a eles pelos deuses, ou seja, uma garrafa de Coca Cola. Xi decide ir até o fim do mundo para se livrar do presente de grego e se depara com os brancos mais doidos que já viu sem entender uma palavra do que dizem. O roteiro é inacreditavelmente original e conquistou o mundo com situações simples, mas engraçadas.


Em 1988, saiu Os deuses devem estar loucos 2, ainda com N!xau no elenco, com a missão de resgatar seus dois filhos que caíram dentro de um caminhão pipa de caçadores de elefantes. As melhores cenas são quando uma advogada de Nova Iorque e um zoologo tentam fugir de um bichinho que insiste brigar com uma bota, quando os dois filhos de Xixo fogem a todo custo de uma hiena, o pequenininho enfim se livra do bicho colocando um pedaço de pau na cabeça para tentar parecer maior que ela e com todos os louvores o final do filme, onde Xixo encontra seus filhos.


O mais interessante, tanto no primeiro como no segundo filme, um narrador dá o ar de um documentário para que você não se perca no idioma de Xixo e sua tribo. Há um terceiro filme que se passa na China, não tive a oportunidade de ver, mas segundo algumas pesquisas na Internet, os que assistiram não gostaram muito.

Não encontrei no YouTube o segundo filme dublado, mas dá pra relembrar algumas partes.



E pra não perder o costume, fui pesquisar sobre N!xau e encontrei este artigo da Patrícia Resende contando como ele foi escolhido para interpretar o Xixo.

N!xau, nascido na Namíbia, foi descoberto pelo diretor Jamie Uys, responsável pelo comando de Os Deuses Devem Estar Loucos e sua continuação de 1989. O diretor estava de passagem pela Vila San quando conheceu o ator. Para colaborar na produção, N!xau, que ainda não tinha muita noção do valor do dinheiro, pediu apenas US$ 300 de cachê. No entanto, quase nove anos depois de rodar o primeiro filme, o rapaz negociou um valor muito maior e só voltou a fazer parte do elenco de Os Deuses Devem Estar Loucos 2 por US$ 600 mil.

Na década de 90, N!xau rodou também três filmes em Hong Kong. Com o dinheiro que ganhou com sua carreira de ator, ele ajudou suas três esposas, seus filhos e tornou possível a instalação de eletricidade e água potável na região da sua casa.

Quando deixou de atuar, em 1994, N!xau passou a trabalhar como fazendeiro. Ele morreu em julho de 2003, de tuberculose, supostamente. Acredita-se que ele tinha 59 anos, embora não exista registros informando o ano de seu nascimento.


.

17/11/2010

Eu fazia castelo de cartas

novembro 17, 2010 0 Comments

Quando vi esta imagem não resisti, lembrei que adorava fazer castelos de cartas e pensar que poderia bater um recorde de altura sem que nenhuma carta caísse. Elas também serviam para fazer garagens para os carrinhos do meu irmão. Sabe o que fiz? Peguei o baralho e fui brincar disso com meu filho, não batemos o recorde de altura, mas sim de gargalhadas.



.

10/11/2010

O casamento da Susi

novembro 10, 2010 0 Comments

Quando era pequena tinha uma Susi linda e querida. A gente não tinha tantos brinquedos quanto nossos filhos tem hoje e essa boneca era especial. Eu morava com meus pais e minha irmã em um prédio pequeno, com dois apartamentos por andar. Nós no 301 e nossa melhor amiga no 302. E somos amigas até hoje, mas agora a distância não é de um corredor e sim da ponte aérea. Nem preciso dizer que três meninas entre 6 e o 8 anos não se desgrudavam, não é? Quando não estávamos na casa de uma, estávamos na da outra. As portas viviam abertas.

Um dia, no meio da brincadeira, nem sei quem teve a brilhante ideia, minha Susi foi pedida em casamento pelo Feijãozinho da minha melhor amiga. Lisonjeada, a Susi aceitou e começaram os preparativos para o grande evento, com participação de nossas mães. Minha mãe costurou um vestido de noiva para minha boneca. Não se fazem mais mães como antigamente. Tia Ima, mãe da Rê, fez o bolo. Foi um longo período de noivado, até porque o vestido precisava ficar pronto. Enquanto isso, o Feijãozinho original morreu, perdeu o enchimento e tivemos que trocar por outro que eu achava até mais fofo, mas era careca. Quer dizer, se tirasse o chapéu ficava careca. Este período de noivado foi importante para avaliar se o amor era verdadeiro. Eu olhava para o noivo e pensava: "Como minha filha tão bem criada e educada poderia ter escolhido este traste de marido? Que noivo mais molenga!" E outros pensamentos de sogra.

Até que, na data marcada, a sogra da noiva que não tinha uma Susi para chamar de sua resolve fazer um adendo ao contrato de casamento: "Depois de casados não poderemos separá-los. Um dia ele dormirá na sua casa e no outro dia ela dormirá aqui!". Peralá! Como assim? Você quer dizer que minha boneca favorita não será mais minha? Ah, não. Aquela pequena que sofri as dores de tirar as travas de segurança da caixa? Quem irá pentear seus cabelos dourados? Quem dormirá com ela aos pés da cama? Quem experimentará roupinhas de crouche feitas pela vovó? Quem irá alimentá-la com as delícias de vento servidas em pratos de plástico da China? Ah, não. E foi assim que uma brincadeira de criança inspirou Holywood, quando minha Susi tornou-se a "Noiva em fuga".

Claro que comemos o bolo, mas desta vez não houve casamento. Este aconteceu apenas anos mais tarde, quando a linda boneca apaixonou-se perdidamente por um moreno alto, bonito e sensual. Sarado, como diríamos hoje, com um abraço protetor e acolhedor. E o melhor, era da minha irmã, assim, continuariam morando no mesmo armário de brinquedos, só mudariam de prateleira. O príncipe com sorte desta vez era o Peposo, um lindo ursão de pelúcia.

E viveram felizes para sempre.



Escrito em 22 de abril de 2010 por Tati Pastorello do Blog Perguntas em Resposta.



.