28/06/2010

As coisas que aprendi com o Chaves

junho 28, 2010 2 Comments
Chaves é aquele seriado que pode passar na televisão quinhentas milhões de vezes porque não enjoa. Até hoje me arranca boas risadas. Aprendi muito com as suas traquinagens, tem até uma lista que rola pela Internet das 50 coisas que ele ensinou, mas a minha lista vai ficar um pouquinho menor, pois não acho o Kiko emo, porque quando eu era criança não existia esse tipo de coisa. Olha só:

- Seria muito melhor ter ido assistir o filme do Pelé.

- As crianças mexicanas tem rugas.

- Jamais, em hipótese nenhuma, encostar em alguém que esteja tomando choque.

- Seu Madruga paga aluguel todos os meses, por isso, sempre deve 14 meses, não 15, 16, 17...

- Brasília já foi carrão.

- Não basta ser o melhor professor do mundo, tem que ter um pouco de pepsicologia.

- Pessoas bebem leite de burra.

- Existe uma fruta chamada tamarindo.

- Devemos deixar os outros fazerem nosso trabalho para evitar a fadiga.

- A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena.

- As tintas verde-limão são as mais baratas no México.

- Trabalho não é a pior coisa no mundo. Pior é ter que trabalhar.

- Uma epístola é uma carabina, só que menor.

- Azul escuro em inglês é blue marinho.

- Equilibrar cabo de vassoura no pé é maneiro.

- Deixar uma casca de banana no chão pode causar um grande acidente.

- O segundo episódio do Guilherme Tell é o mais caro do mundo, por isso o Silvio Santos não comprou.

- Alguns móveis são feitos de isopor e as portas também.

- Se me acordarem às 11 horas, tragam o café na cama.

- Socos tem barulhos de sinos.

- Sempre tem um filho da p%$#@ que rouba as moedas na fonte dos desejos.

- Leite é muito parecido com gesso.

- "Quero ver outra vez seus olhos em noite serena" é a única música mexicana que quase toda a população brasileira conheça.

- Um cabo de vassoura com um lençol amarrado na ponta equivale a uma mala.

- O pai do Quico na verdade está vivo, ele simplesmente fugiu de casa.

- Alguns alunos são tão tímidos que nem os professores percebem sua presença em sala de aula.


- Uma caveira significa prerigo. PRE-RI-GO!
 
- Ninguém tranca as portas nas vilas mexicanas.

- As marcas de catapora feitas com caneta hidrocor ficariam muito estranhas na TV Digital.

- Qualquer Mcdonalds da América do Sul lucraria caso vendesse o Mc Sanduíche de Presunto.

- Hector Bonilha é o Antonio Fagundes acima da linha do Equador.

- As pessoas boas devem amar seus inimigos.

- Deus é um cara legal por não deixar as vacas voarem.

- Os carrinhos feitos com caixas de sapatos são os mais maneiros.


- Não é indicado deixar uma máquina de lavar no meio da sala.

- Nunca acredite em boatos de que seus ídolos morreram num acidente de avião.

- Bolinhas de tênis de mesa são parecidíssimas com ovos.

- Pirulitos podem ter o tamanho de raquetes de tênis.

- O trabalho infantil é legalizado no México.

- Os roteiristas da série não sabiam o que era a aritmética.

- O estilingue pode ser uma arma mortal.

- Tem vez que Acapulco é no Guarujá.

- Se você é jovem ainda um dia velho será.

- As dívidas são sagradas.

- Com muita paciência você aprende a "violar tocão".

- Os caramelos tiram o gosto ruim da boca depois que você come insetos.

- Carteiros não sabem andar de bicicleta.

- Leão em inglês é lion e gavião é gaviaion.

- Quando alguém tiver um piripaque jogue água na cara.

- Todo animal come com o rabo.

- Uma bolada dói o equivalente a uma barra de ferro e pode derrubar um homem de porte médio.



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04/06/2010

A Mafalda fez parte da minha infância

junho 04, 2010 1 Comments

O primeiro livro que meu marido, Ricardo, leu sozinho continha uma compilação das tiras de Mafalda, a inesquecível e contestadora menina criada pelo argentino Quino. Para mim, ela é uma amiga de Emília, de Lobato, pronta e ávida por fazer perguntas, mesmo que as respostas não venham a tempo. Afinal, o que estas crianças nos lembram sempre? Que não podemos parar de fazer perguntas!

Bem, não sei se era exatamente uma leitura para ele ler criança, lá nos seus 6, 7 anos. Mas que funcionou, funcionou. Explico: o que ficou nele foi a lembrança de ele e a mãe juntos e a conquista de ler sozinho pela primeira vez! É assim que Mafalda faz parte do desenvolvimento do Ricardo. Do desenvolvimento e de sua história.

E é ela, Mafalda, que está em nossa cabeceira. Ele e eu revezamos a releitura das tiras com excelentes sacadas, daquelas que me fazem parar e pensar e ficar nelas por vários minutos. E como são atuais, coincidência ou não, a WMFMartins Fontes está lançando outros dois livros de Quino, como Humanos Nascemos, com a mesma ironia e precisão na crítica à sociedade. E não é para isso que aprendemos as letras? Para ler melhor o mundo em que estamos?

Semana passada, em uma excelente conversa com a especialista Silvia Oberg, responsável pela indicação dos livros das bibliotecas municipais de São Paulo, nós também falamos de irreverência, de politicamente correto, do jeito de tratar a criança. Do jeito que a criança merece ser tratada por um texto ou ilustração. E, claro, falamos de Monteiro Lobato, que escancara ao leitor desde a primeira obra a vida como ela é. Fala de guerra, de compaixão, de solidariedade, de ciúmes, ao mesmo tempo em que fala de fantasia, de possibilidades. E é por este respeito à criança que vamos lembrar destes autores a vida toda.

Por Cristiane Rogerio - editora de Educação e Cultura da Crescer



Lembrei da velha e boa estante de televisão da sala da minha vó, dentro de duas portas que ficavam rente ao chão, me perdia por horas nas revistas em quadrinhos. Não sabia ler, mas inventava à minha maneira e não via a hora de voltar lá. A Mafalda fez parte desse mundinho e até hoje faz. Aí vai algumas das minhas tirinhas favoritas:





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